quinta-feira, 23 de julho de 2009

Livres, Enfim


Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32.

Quando éramos recém-casados, costumávamos andar pelos montes. Gostávamos das árvores perenes, de regatos refrescantes, quedas d’água e flores silvestres. Um dia, vimos uma touceira incomum de orquídeas amarelas, mais lindas que as outras. Com grande dificuldade, meu esposo a desarraigou da árvore. Nós a levamos para casa e a plantamos numa caixa de madeira, pendurando-a junto à porta.

Quando meu esposo estudou nas Filipinas, ele me mandava belas orquídeas de plástico que pareciam verdadeiras. Eu as apreciei por muitos anos. Naquela época, até as flores de plástico eram raras na Índia, e não tão bonitas como as de outros países. Muitas vezes, eu achava difícil reconhecer a diferença entre as autênticas e as artificiais, se não as examinasse cuidadosamente. Ah, mas não há nada como as que Deus criou para nós!

Uma vizinha possuía uma coleção de répteis de borracha. Eu detestava aquelas cobras e lagartos, e assim ela se divertia muito ao me assustar. Eu sabia que eram artificiais, mas não conseguia evitar um grito. Eles também nunca se compararão com as belas criaturas de Deus.

No colégio, assisti a um filme sobre uma enfermeira na linha de frente de uma batalha, auxiliando os soldados feridos. Aquela enfermeira era muito bondosa e passou para o acampamento inimigo, a fim de tratar os feridos deles. Fiquei chocada quando a enfermeira foi presa e levada a julgamento. Quando voltamos para o dormitório, fui ao banheiro, onde não seria observada, e ali chorei por aquela enfermeira. Posteriormente, percebi que era uma tolice deixar-me vencer pelas emoções, quando aquela atriz nem mesmo era a enfermeira em questão. Também aprendi que a maioria dos filmes é feita como entretenimento e para ganhar dinheiro, mesmo com base em fatos reais. Depois daquilo, perdi o interesse em assistir a filmes ou ler ficção.

Minha autora preferida, Ellen White, escreveu: “Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, que as diversões teatrais” (O Lar Adventista, p. 516). Li no Apocalipse acerca daqueles que estarão fora da Cidade de Deus. A última parte diz: “todo aquele que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22:15). É importante encher a mente com o que é verdadeiro e puro (Filipenses 4:8). Se acariciarmos a verdade, ela nos conduzirá à Cidade de Deus, onde, enfim, seremos livres.

Birdie Poddar